sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

DECLAMAR AMOR

"Esse é apenas um blog recheado de carinho
para suportar as reviravoltas da vida.
Retrato do encontro de dois mundos totalmente opostos.
Eclipses da vida. Ou se preferir simplesmente a história
de um grande amor.
Um presente simples, para alguém tão especial na minha vida."


Declarar Amor

Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.

A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para elas, expressar amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.

E alguns não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, foi acometida de uma supuração de apêndice e foi levada às pressas para o hospital.

Operada de emergência, necessitou receber várias transfusões de sangue sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.

O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestiona-la, lhe disse: pensei que a senhora quisesse ficar curada o mais rápido possível para voltar para o seu lar e o seu marido.

Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:

- O meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Sempre diz isto.

Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura.

A resposta do marido foi curta, mas precisa:

- Ela tem de ficar boa.

Finalmente, como último recurso para a obtenção do restabelecimento da paciente, o médico optou por realizar uma transfusão de sangue direta. O doador foi o próprio marido, pois ele possuía o tipo de sangue adequado para ela.

Deitado ao lado dela, enquanto o sangue fluía dele para as veias da sua esposa, aconteceu algo imprevisível.

O marido, traduzindo na voz uma verdadeira afeição, disse para a esposa:

- Querida, eu vou fazer você ficar boa.

- Por que? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.

- Porque você representa muito para mim.

Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram e ela voltou lentamente a cabeça para ele.

- Você nunca me disse isso.

- Estou dizendo agora.

Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa.

Não foi a transfusão em si mesma, mas o que acompanhou a doação do sangue que fez com que ela se restabelecesse. As palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.

É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale a respeito dos sentimentos mútuos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirmando que o outro é amado, se faz amar e cria amor ao seu redor.

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do cap. "Ecologia Doméstica", da obra Pais e Filhos – Companheiros de Viagem, de autoria de Roberto Shinyashiki, ed. Gente, e do texto "A Convivência Humana", de José Ferraz, extraído da revista Presença Espírita, nº 227, de novembro/dezembro 2001
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Em dias como este, sou um mero coadjuvante do meu coração .

Se eu tiver que sentar no chão, no meio-fio da calçada, eu sento.

Se eu tiver que me sacrificar por você, me sacrifico.

Se eu sentir amor por você, digo "eu te amo" quantas vezes sentir vontade, independente de qualquer coisa. Quando o coração vem à boca, é melhor que seja pronunciado.

Se eu quiser ir embora mais cedo, eu vou ir, e aconselho que não me siga, pois nem sempre sei onde estou indo.

Se eu te olhar, te ouvir falar, ou apenas te observar, e sentir algo diferente e especial por você, vou te guardar no meu coração, apenas necessito que cuide do lugar, que para você foi reservado.
Se um dia eu deixar de me apaixonar diariamente pelas mesmas pessoas, vou reaprender a fazer isso.

Se em algum momento minhas palavras saírem ásperas, talvez sejam apenas reflexos das suas.

Se eu quiser gritar, eu vou gritar. Se precisar falar, falarei, mas se precisar calar e escutar, isso eu bem sei fazer.

Se eu acordar cantarolando, posso passar o dia assim e nem sentir.

Se eu quiser te fazer rir, poderei até tentar, mas se quiser te fazer chorar, isto antes deve ter doido muito mais em mim.

Se algum dia eu sair de mim, não se preocupe esta não foi a primeira vez.

Se eu quiser falar de mim, como agora, eu falo, mas queria mesmo era ouvir você.

Se eu tiver que brigar sem chorar, isso eu não saberei fazer, dependendo de quantas partes meu coração foi quebrado.

Se eu quiser sair com meu ravelly velho, eu saio e pronto.

Se você preferir, por algum momento, a companhia de um livro, do que a minha, entendo. Provavelmente esteja me poupando de um possível mal-humor. Livros são os melhores professores, e a vida é a melhor escola.

Se eu quiser ser para sempre esse inconstante e desequilibrado, assim serei.

Se um dia tiver que aprender a não ser tão extremista, então vou mudar, mas a intensidade para sempre terei. Momentos são lembrados pela intensidade que foram vividos.

Se eu tiver que esperar a vida inteira por alguém, seja quem for, vou esperar.

Mas se esse alguém eu nunca encontrar, essa resposta já não sei dar...

A Todos um final de semana cheio de alegrias...

Música: Sous Le Vent / Garou & Céline Dion
Do site Tempo e Poesia